Os sintomas do cancro do ovário, são inespecíficos ou até, mesmo ausentes no estado inicial, sendo, por isso, o cancro do ovário é um dos mais difíceis de diagnosticar.
O diagnóstico é feito tendo em conta a coleta de dados clínicos (historial de doenças, sintomas e exames), dados laboratoriais (análises sanguíneas, urina, biópsia), imagiológicos, anatómicos e patológicos.
Na avaliação o médico procura:
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Verificar se já existiam antecedentes (doenças e outros fatores) que levam ao aparecimento de cancro;
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Avaliar o historial familiar e hereditário;
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Avaliação global do estado de saúde (exames genéricos ao sangue, urina, etc.)
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Avaliação física e ginecológica
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Ecografia e análise do CA125 (marcador tumoral, que pode estar associado ao aumento de casos do cancro do ovário. O valor normal vira entre os 0 e os 35 U/ml)
Exame físico e exame pélvico
O médico avalia o paciente pressionando o abdómen e a região dos ovários. Através da palpação é possível verificar a existência de tumor, acumulação anormal de líquido (ascite) ou a presença de nódulos ou de outras estruturas de tamanho e formato semelhante.
Análises ao sangue
Através destas análises são detectáveis os valores de várias substâncias como o CA125. A sua presença em valores superiores a 35 U/ml é um sinal de alerta.
São recolhidos tecidos ou líquido (ascítico e pleural, no caso do cancro do ovário), de modo a verificar se existem células cancerígenas
Laparotomia- procedimento cirúrgico que remove tecido e líquido da pélvis e do abdómen. Durante o procedimento é inserido um tubo fino e iluminado, o laparoscópio, através de uma pequena incisão no abdómen. Caso o cancro seja detectável em fase precoce é possível ser removido neste procedimento.
Tomografia axial computorizada (TAC) torácica, abdominal e pélvica:
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Permite avaliar a extensão do tumor, identificar se é ressecável ou irressecável (removível em cirurgia ou não);
Ressonância abdominal e pélvica:
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É fundamental na avaliação das lesões provocadas pelo tumor;
É comum a todos os cancros. Nestes testes é recolhida uma amostra de DNA de modo a detetar possíveis mutações genéticas associadas ao cancro hereditário. No caso do cancro do ovário é possível revelar a presença da mutação BRCA 1/2.